quarta-feira, 2 de março de 2016

Contexto histórico dos discursos filosóficos e nossos modelos mentais - Marcio Tavares d’Amaral


"(...) o que interessa é entender sob que condições as pessoas de determinada época disseram e pensaram aquilo que disseram e pensaram. Chamo isso de paradigmas, definidos como um conjunto de valores e regras que decide, numa determinada época, o que pode ser dito, pensado, escrito. Essa história precisava ser contada porque, no momento atual, os pós-modernos, Lyotard à frente, dizem que todas as metanarrativas de legitimação do Real que o século XIX produziu perderam credibilidade. O que está sendo dito aí é que não são os conteúdos que devem ser levados em conta, mas as formas de pensar que produziram esses conteúdos. Os pós-modernos dizem que esses paradigmas caducaram por si mesmos, não é uma vitória pós-moderna. Se fosse, haveria um paradigma pós-moderno lutando contra o moderno e tendo vencido. Não há. Então, ficar debatendo com os pós-modernos se ainda há Verdade, ou se tudo é versão, narrativa, no plano dos conteúdos, assume uma forma péssima de ressentimento, de reatividade. Mas se eu puder entender qual é o paradigma pós-moderno, porque ele existe por mais que eles não assumam, posso entender como é possível ser propositivo. Porque nós somos pós-modernos e modernos. Nas nossas vidas comuns funcionamos bem entre real e virtual, fundamento e eficácia, verdade e simulacro. Trata-se de conhecer os modelos mentais que conduziram a nossa história até o momento em que o discurso pós-moderno diz que ela acabou. É preciso ter em vista o fato de que esse discurso cola como uma pele ao mundo globalizado, que caminha para os mercados, para a financeirização na ordem do virtual, para o consumo de bens e serviços, mas também de pessoas, corpos, subjetividades. Essa é a hipereficácia do sistema globalizado. Mas há quatro bilhões de pessoas que vivem com até US$ 2 por dia, segundo o Banco Mundial. Elas não estão na ordem do consumo, portanto não estão no mundo, como definido pelo processo de globalização e pelo discurso pós-moderno. Se a História acabou, mais da metade da humanidade está congelada no passado. Isso é um grande espanto. E a filosofia sempre se moveu pelo espanto."

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Marcio Tavares d’Amaral lança primeiro de oito livros da sua original história dos paradigmas filosóficos


Professor emérito da UFRJ marca o início da cultura ocidental no século I, na patrística, e não na Grécia dos pré-socráticos

POR
LEONARDO CAZES 




Marcio Tavares d’Amaral não gosta muito de escrever. Pelo menos é o que ele garante, apesar dos 22 livros já publicados. Seu lugar preferido é a sala de aula, mais especificamente as da Escola de Comunicação da UFRJ, onde é professor desde a sua fundação, foi discípulo do filósofo Emmanuel Carneiro Leão, e chegou a professor emérito. Contudo, cobrado pelos alunos, iniciou um projeto ambicioso: escrever a história de 26 séculos dos paradigmas filosóficos, organizada em oito volumes. O primeiro, que inaugura a série e chega em maio às livrarias, aborda a patrística, escola de pensamento que vai do século I ao século VIII.

A história contada em “Os assassinos do sol — Uma história dos paradigmas filosóficos” (Editora UFRJ) é resultado de cursos de pós-graduação ministrados entre 2002 e 2010, englobando dos pré-socráticos a Nietzsche. Os estudantes o questionavam sobre como citar o que era falado ali em seus artigos e teses e disseram que Amaral estava devendo um livro. O professor considerou a demanda justa, já que seus alunos foram as “cobaias” das suas reflexões, e se debruçou sobre as transcrições de todos os cursos (ele mantém o hábito de gravá-los há mais de 30 anos), a base para a escrita da obra. Assim, cada livro é organizado não em capítulos, mas em aulas, e trazem a data em que cada uma ocorreu.

Seu argumento é que a cultura ocidental nasceu no século I, do cruzamento, nas suas palavras, “inimaginável” entre a cultura grega do Ser, da razão e da filosofia com a cultura judaica de Deus, da fé e da religião. Na origem desta cultura que ali surgia está a relação entre razão e fé, que constitui então sua questão fundamental.

‘Não se trata de uma história da filosofia porque a religião está junto, não é uma história da religião porque a filosofia está junto, e também não é uma filosofia da história. É uma outra coisa, um campo novo, algo que eu não vejo sendo feito por aí.’
- MARCIO TAVARES D'AMARAL
Professor e autor do livro "Assassinos do sol"
— Essa relação é hipertensa e se mexe, se move, teve várias configurações. Portanto, pode ser contada a história entre essas diversas formas de relação entre razão e fé. E contar essa história é contar a história da constituição dos paradigmas mentais da nossa cultura, os quais a filosofia expressa melhor, desde o seu início até agora, quando os pós-modernos dizem que ela acabou, que a História acabou, que o Real não importa mais, a Verdade nem pensar, porque o que há são simulações que funcionam, a eficácia e a funcionalidade determinam a nossa sociedade globalizada pelo consumo — explica ele. — Não se trata de uma história da filosofia porque a religião está junto, não é uma história da religião porque a filosofia está junto, e também não é uma filosofia da história. É uma outra coisa, um campo novo, algo que eu não vejo sendo feito por aí.

PAIXÃO DE INFÂNCIA

Amaral tinha 12 anos quando travou o primeiro contato com a filosofia. De férias em Blumenau, sua cidade natal, começou a ler um livro que encontrou na biblioteca do pai, “A história da filosofia”, de Will Durant. Houve um encantamento radical e imediato. A partir daí, ele conta, sempre olhou a filosofia através da sua história.

— Isso me resgatou de um grande perigo, o de me tornar dogmático. Porque se eu adotasse determinado sistema de pensamento, teria que ser coerente com ele. Aquilo se tornaria um rochedo que eu defenderia contra todos os outros.

O título do livro é uma referência ao fato que, se os pós-modernos estão certos e a cultura ocidental acabou, o sol se pôs pela última vez, foi morto “nas nossas e pelas nossas mãos”. O professor reconhece que a obra é um projeto ousado, uma história de longa duração numa época de hiperespecialização do conhecimento, com um argumento original e que começa pela desvalorizada patrística, e não pelos gregos no século VI a.C., que só retornarão no segundo volume da série. Em 2006, ao apresentar o relatório de sua pesquisa para um órgão de fomento, não teve a bolsa renovada depois de mais de 30 anos. No livro, ele optou por não incluir notas de rodapé ou referências para facilitar a leitura e listou, ao final, a bibliografia:

— Livros são para serem lidos, não “estudados”. São para dar prazer, se possível. Uma montanha de notas e referências tornaria um tema em si árido irremediavelmente chato. Eu espero que estes livros sejam lidos. Se forem, vai dar uma polêmica grande. Tomara. Aí as coisas se esclarecem.

O que seria uma história dos paradigmas filosóficos e qual a diferença para uma história da filosofia?

As histórias da filosofia são histórias dos conteúdos, algo abundantemente e maravilhosamente feito. Eu tive dois grandes mestres: Heidegger e Foucault. De Foucault, o que mais retive foi a ideia de que o que interessa é entender sob que condições as pessoas de determinada época disseram e pensaram aquilo que disseram e pensaram. Chamo isso de paradigmas, definidos como um conjunto de valores e regras que decide, numa determinada época, o que pode ser dito, pensado, escrito. Essa história precisava ser contada porque, no momento atual, os pós-modernos, Lyotard à frente, dizem que todas as metanarrativas de legitimação do Real que o século XIX produziu perderam credibilidade. O que está sendo dito aí é que não são os conteúdos que devem ser levados em conta, mas as formas de pensar que produziram esses conteúdos. Os pós-modernos dizem que esses paradigmas caducaram por si mesmos, não é uma vitória pós-moderna. Se fosse, haveria um paradigma pós-moderno lutando contra o moderno e tendo vencido. Não há. Então, ficar debatendo com os pós-modernos se ainda há Verdade, ou se tudo é versão, narrativa, no plano dos conteúdos, assume uma forma péssima de ressentimento, de reatividade. Mas se eu puder entender qual é o paradigma pós-moderno, porque ele existe por mais que eles não assumam, posso entender como é possível ser propositivo. Porque nós somos pós-modernos e modernos. Nas nossas vidas comuns funcionamos bem entre real e virtual, fundamento e eficácia, verdade e simulacro. Trata-se de conhecer os modelos mentais que conduziram a nossa história até o momento em que o discurso pós-moderno diz que ela acabou. É preciso ter em vista o fato de que esse discurso cola como uma pele ao mundo globalizado, que caminha para os mercados, para a financeirização na ordem do virtual, para o consumo de bens e serviços, mas também de pessoas, corpos, subjetividades. Essa é a hipereficácia do sistema globalizado. Mas há quatro bilhões de pessoas que vivem com até US$ 2 por dia, segundo o Banco Mundial. Elas não estão na ordem do consumo, portanto não estão no mundo, como definido pelo processo de globalização e pelo discurso pós-moderno. Se a História acabou, mais da metade da humanidade está congelada no passado. Isso é um grande espanto. E a filosofia sempre se moveu pelo espanto.

‘Essa história precisava ser contada porque, no momento atual, os pós-modernos, Lyotard à frente, dizem que todas as metanarrativas de legitimação do Real que o século XIX produziu perderam credibilidade.’
- MARCIO TAVARES D'AMARAL
Professor e autor do livro "Os assassinos do sol"
Por que sua história começa no século I, pela patrística, e não nos pré-socráticos, no VI a.C.?

Era preciso definir um começo dessa história em função do meu tempo e lugar, ou seja, o do discurso pós-moderno que diz que a História acabou. Olhando para trás, fui determinar em que momento a nossa História, que pode ter acabado, começou. Encontrei no Ocidente latino, na chegada da cultura grega do Ser, que naquela altura tinha sido orientalmente conservada em Bizâncio (hoje a Turquia). Alexandre já tinha helenizado o mundo até a Índia e trazido de volta uma religiosidade que não existia. Platão e Aristóteles estavam no Oriente. No Ocidente latino estavam escolas consideradas menores, como o estoicismo, o epicurismo, o ceticismo, o cinismo, pequenas escolas de origem grega, mas que não foram para o Oriente, não eram bizantinas. Quando se fez a translação de Bizâncio para Roma, no fim da República e início do Império Romano, esses filósofos que vieram foram recebidos pelos que ali estavam. E não vieram todos. Aristóteles, por exemplo, só veio no século XI. No século I o que veio foi mais o espírito religioso do Oriente, fortemente representado pela cultura judaica. Esse amálgama greco-judaico feito em território latino criou uma cultura que não era nem grega nem judaica, porque era grega e judaica. Isso é bem visível nos primeiros escritos patrísticos, dos chamados padres apologetas, que defendiam e propagavam a nova cultura, clamando a sua originalidade. Essa cultura que começou ali é a cultura à qual nós pertencemos. Eu tinha que começar a contar essa história a partir do seu nascimento. E foi no século I, na patrística, no trabalho de filósofos-teólogos como Tertuliano, Orígenes, autores que em geral não entram na história da filosofia dos conteúdos, mas que deslocaram formas de pensar, criaram paradigmas. Como posso dispor de toda a história, pois sei o que aconteceu, é possível ver as repercussões desses deslocamentos em Santo Agostinho, cinco séculos depois. Mas como temos que conhecer os nossos avós, no segundo volume eu volto para os gregos, começo nos pré-socráticos e termino às portas da patrística.

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‘No século I o que veio foi mais o espírito religioso do Oriente, fortemente representado pela cultura judaica. Esse amálgama greco-judaico feito em território latino criou uma cultura que não era nem grega nem judaica, porque era grega e judaica.’
- MARCIO TAVARES D'AMARAL
Professor e autor do livro "Os assassinos do so
O livro traz personagens como Beda, o Venerável, que humanizam essa história. Era esse o seu objetivo?

Queria que o leitor percebesse que essa história foi feita por pessoas. O ano da morte de Beda, em 735, marca o fim da patrística. Beda não era um criador, era um entesourador, estava guardando tudo sem saber para que fim, mas encarava aquilo como um dever sagrado. Tem uma emoção nessa atividade pequena, que depois se tornou imensa quando Carlos Magno, no século IX, começou a recristianizar a Europa. Ele trouxe os monges da Irlanda e da Inglaterra, onde as tribos germânicas não tinham chegado, e eles recristianizaram e reculturalizaram a Europa da maneira antiga. Beda não fazia a menor ideia de que fosse fazer parte disso. Assim, creio que posso humanizar a história da filosofia. No primeiro volume, falo da noite da morte de Beda, o Venerável, que é um ritornelo. No segundo, tem um ritornelo também, que é o dia da morte de Sócrates olhando para a manhã de Tales. Tales foi o primeiro filósofo, mas Sócrates é o fundador oficial da filosofia.

O senhor argumenta que a questão fundamental da nossa cultura é a relação hipertensa entre razão e fé. Como ela se coloca hoje?

Uma das originalidades dos livros todos, que fica mais evidente na patrística e na escolástica, é que na nossa cultura não se entende o trabalho da filosofia sem o da religião, o da razão sem o da fé, mesmo que isso não se dê na ordem dos discursos, mas sim na organização social. Quando na passagem do século XVI para o XVII se fez a separação do espaço público para a esfera privada, foi para pôr no espaço público a razão e deixar na esfera privada, protegida por lei, Deus, a fé, a religião. Isso foi um rearranjo das relações entre razão e fé. Só dá para pensar a modernidade, paradigmaticamente, chamando atenção para isso. Embora eu não seja capaz de contar a história de hoje, pelos sintomas, você percebe que a ciência, que no século XIX tomou da filosofia o lugar de enunciadora da Verdade, no século XX, com a explosão das novas tecnologias informacionais, biotecnológicas, a ciência abriu mão da Verdade pela eficácia. Fez-se tecnociência, a Verdade foi jogada para o alto, e onde ela foi cair? Nos fundamentalismos, que são de ordem religiosa. Os fundamentalismos sabem a Verdade, é assim que eles se consideram, e portanto todos que não sabem a mesma Verdade não só estão errados, como são o mal, e precisam ser eliminados. Então, se você pensar na explosão tecnológica da ciência numa direção, e nas guerras de religião, nos fundamentalismos, na espetacularização da fé, posta na dimensão de mercado para ser consumida, na outra, você tem na nossa época os ingredientes para continuar a contar uma história das relações entre razão e fé.

‘Uma das originalidades dos livros todos, que fica mais evidente na patrística e na escolástica, é que na nossa cultura não se entende o trabalho da filosofia sem o da religião, o da razão sem o da fé’
- MARCIO TAVARES D'AMARAL
Professor e autor do livro "Os assassinos do sol"
O livro tem um forte sentido ético, de uma história necessária. Por quê?

Isso é uma herança nietzscheana. Nietzsche quis entender por que e para que os valores da nossa cultura vieram a ser o que eles são. Isso tira a filosofia, relativamente, de um patamar epistemológico — em que se trata de como se conhece e quais são os objetos privilegiados do conhecimento — e a coloca numa dimensão ética. Qual é a tarefa do filósofo? Estranhar que seja assim, que tenha vindo a ser assim, reconhecer para que veio a ser assim, defender a Humanidade contra os malefícios produzidos por esses paradigmas filosóficos e combatê-los. É a filosofia como um instrumento de combate. Ela foi criada por Sócrates e Platão como um modo de viver, e daí decorre um modo de conhecer melhor. A filosofia colada na vida é antes de mais nada uma ética. É da vida, o que eu chamo de vida comum, que tudo decorre. Pensar está ancorado em viver, portanto está ancorado numa dimensão ética que se pode não adotar, não seguir. É efetivamente uma escolha, e nesse sentido tem uma dimensão política também. Eu fiz essa escolha e por isso estou contando essa história.


Fonte: 
http://oglobo.globo.com/cultura/livros/marcio-tavares-damaral-lanca-primeiro-de-oito-livros-da-sua-original-historia-dos-paradigmas-filosoficos-15970608


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RIO — Professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, bacharel em Direito e Ciências Sociais, mestre em Comunicação e doutor em Letras, com pós-doutorado em Filosofia na Sorbonne, Marcio Tavares d’Amaral dá aulas há mais de 40 anos na Escola de Comunicação da UFRJ. E sente-se tão à vontade como professor que jura que há de morrer ali, quando for bem velhinho, falando de filosofia a seus alunos da graduação ou da pós. Autor de 22 livros, ele prepara-se para lançar o 23º este mês: um ambicioso projeto batizado de “Os assassinos do sol — Uma história dos paradigmas filosóficos”, que percorre 26 séculos e deve chegar a oito volumes, pela Editora UFRJ. Pois entre a sala de aula e a produção literária, Amaral abraça uma nova aventura a partir de amanhã. Aos 68 anos, o professor-autor estreia como colunista de Cultura do GLOBO, sempre aos sábados, no lugar que era ocupado por José Miguel Wisnik.

— Agora talvez seja uma boa hora para falar com um público mais amplo — ele diz. — Mas não se preocupem. A coluna estará mais para “Diálogos de Platão” do que para “Tratados de Aristóteles” — brinca o autor de “Comunicação e diferença: uma filosofia de guerra para uso dos homens comuns” e “O homem sem fundamentos”.

Os assuntos, ele promete, virão do dia a dia de todos:

— Eu me interesso por falar do ambiente em que estamos vivendo. O que o processo de globalização pelo qual passamos hoje faz com o mundo e com a vida da gente? Não é o primeiro, claro. Já houve uma globalização pela guerra, com Alexandre, o Grande; houve uma globalização pelo comércio, com o Império Britânico, entre outras. Agora, há essa globalização pelo consumo e pela financeirização do mundo. E isso tem impacto em tudo o que a gente pensa e vivencia. Veja as relações amorosas, por exemplo. Até a ideia de “ficar” com alguém é uma ideia de consumo, diferente do namoro.

“DEPENDENDO DO ENFOQUE, CABE TUDO”

Da cultura à política, passando pela economia, Marcio Tavares d’Amaral garante que não haverá tabu ou assunto proibido na página 2, onde ele estreia um dia depois da cantora Zélia Duncan, outra nova colunista do caderno.

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— Tudo depende do tratamento que se dá ao tema. Dependendo do enfoque que se dá, cabe tudo — ele explica. — Na coluna de amanhã, por exemplo, pretendo refletir sobre o fato de 4 bilhões de pessoas estarem fora do mundo e da História. A partir daí, outros temas surgirão.

Filho de um tenor com uma soprano (amadores), o novo colunista do GLOBO também é um grande apaixonado por música, e jura que foi parar na academia “por acaso”. Meio brincando, meio a sério, ele diz que deveria ser cantor na noite.


— Gosto de cantar com os amigos. Adoro música. Pop, rock, MPB e sobretudo música clássica. Sou apaixonado por música clássica — diz o professor, torcedor do Flamengo, casado com uma morena chamada Teresa (Costa d’Amaral, com quem atua intensamente no Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência), e pai de Catarina.

Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/marcio-tavares-damaral-estreia-como-colunista-do-globo-neste-sabado-16027085